sexta-feira, 18 de setembro de 2009

PROESP - MASSA CORPORAL

Material

Uma balança com precisão de até 500 gramas


Orientação

No uso de balanças o avaliador deverá ter em conta sua calibragem. Na utilização de balanças portáteis recomenda-se sua calibragem prévia e a cada 8 a 10 medições. Sugere-se a utilização de um peso padrão previamente conhecido para calibrar a balança.

Anotação

A medida deve ser anotada em quilogramas com a utilização de uma casa decimal.



Material
Estadiômetro ou trena métrica com precisão até 2mm.

Orientação
Na utilização de trenas métricas aconselha-se a fixá-la na parede a 1metro do solo e estendê-la de baixo para cima. Neste caso o avaliador não poderá esquecer de acrescentar 1 metro (distância do solo a trena) ao resultado medido na trena métrica.Para a leitura da estatura deve ser utilizado um dispositivo em forma de esquadro (figura abaixo). Deste modo um dos lados do esquadro é fixado à parede e o lado perpendicular junto à cabeça do estudante. Este procedimento elimina erros decorrentes da possível inclinação de instrumentos tais como réguas ou pranchetas quando livremente apoiados apenas sobre a cabeça do estudante.
Anotação
A medida da estatura é anotada em centímetros com uma casa decimal.

PROESP BRASIL - ENVERGADURA



Material
Trena métrica com precisão de 2mm.
Orientação
Sobre uma parede lisa, de preferência sem rodapé, fixa-se a trena métrica paralelamente ao solo a uma altura de 1,20 metros para os alunos menores e 1,50 m para os alunos maiores. O aluno posiciona-se em pé, de frente para a parede, com os braços em abdução em 90 graus em relação ao tronco. Os cotovelos devem estar estendidos e os antebraços supinados. O aluno deverá posicionar a extremidade do dedo médio esquerdo no ponto zero da trena, sendo medida a distância até a extremidade do dedo médio direito.
Anotação
A medida é registrada em centímetros com uma casa decimal.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

PROESP BRASIL - VELOCIDADE DE DESLOCAMENTO (CORRIDA DE 20M)

Material

Um cronômetro e uma pista de 20 metros demarcada com três linhas paralelas no solo da seguinte forma: a primeira (linha de partida); a segunda, distante 20m da primeira (linha de cronometragem) e a terceira linha, marcada a um metro da segunda (linha de chegada). A terceira linha serve como referência de chegada para o aluno na tentativa de evitar que ele inicie a desaceleração antes de cruzar a linha de cronometragem. Dois cones para a sinalização da primeira e terceira linhas.

Orientação

O estudante parte da posição de pé, com um pé avançado à frente imediatamente atrás da primeira linha e será informado que deverá cruzar a terceira linha o mais rápido possível. Ao sinal do avaliador, o aluno deverá deslocar-se, o mais rápido possível, em direção à linha de chegada. O cronometrista deverá acionar o cronômetro no momento em que o avaliado der o primeiro passo (tocar ao solo), ultrapassando a linha de partida. Quando o aluno cruzar a segunda linha (dos 20 metros), será interrompido o cronômetro.

Anotação

O cronometrista registrará o tempo do percurso em segundos e centésimos de segundos (duas casas após a vírgula).

PROESP BRASIL - AGILIDADE (TESTE DO QUADRADO)

Material

Um cronômetro, um quadrado desenhado em solo antiderrapante com 4m de lado, 4 cones de 50 cm de altura ou 4 garrafas de refrigerante de 2 l do tipo PET.


Orientação

O aluno parte da posição de pé, com um pé avançado à frente imediatamente atrás da linha de partida. Ao sinal do avaliador, deverá deslocar-se até o próximo cone em direção diagonal. Na seqüência, corre em direção ao cone à sua esquerda e depois se desloca para o cone em diagonal (atravessa o quadrado em diagonal). Finalmente, corre em direção ao último cone, que corresponde ao ponto de partida. O aluno deverá tocar com uma das mãos cada um dos cones que demarcam o percurso. O cronômetro deverá ser acionado pelo avaliador no momento em que o avaliado realizar o primeiro passo tocando com o pé o interior do quadrado. Serão realizadas duas tentativas, sendo registrado o melhor tempo de execução.

Anotação

A medida será registrada em segundos e centésimos de segundo (duas casas após a vírgula).

PROESP BRASIL - TESTE DE FORÇA EXPLOSIVA DE MEMBROS SUPERIORES (ARREMESSO DE MEDICINEBALL)

Material

Uma trena e uma medicineball de 2 kg (ou saco de areia com 2 kg)


Orientação

A trena é fixada no solo perpendicularmente à parede. O ponto zero da trena é fixado junto à parede. O aluno senta-se com os joelhos estendidos, as pernas unidas e as costas completamente apoiadas à parede. Segura a medicineball junto ao peito com os cotovelos flexionados. Ao sinal do avaliador o aluno deverá lançar a bola a maior distância possível, mantendo as costas apoiadas na parede. A distância do arremesso será registrada a partir da ponto zero até o local em que a bola tocou ao solo pela primeira vez. Serão realizados dois arremessos, registrando-se o melhor resultado. Sugere-se que a medicineball seja banhada em pó branco para a identificação precisa do local onde tocou pela primeira vez ao solo.

Anotação

A medida será registrada em centímetros com uma casa decimal.

PROESP BRASIL - FORÇA EXPLOSIVA DE MEMBROS INFERIORES (SALTO HORIZONTAL

Material

Uma trena e uma linha traçada no solo.


Orientação

A trena é fixada ao solo, perpendicularmente à linha, ficando o ponto zero sobre a mesma. O aluno coloca-se imediatamente atrás da linha, com os pés paralelos, ligeiramente afastados, joelhos semi-flexionados, tronco ligeiramente projetado à frente. Ao sinal o aluno deverá saltar a maior distância possível. Serão realizadas duas tentativas, registrando-se o melhor resultado.

Anotação

A distância do salto será registrada em centímetros, com uma decimal, a partir da linha traçada no solo até o calcanhar mais próximo desta.

PROESP BRASIL - FLEXIBILIDADE/SENTAR E ALCANÇAR

Material

Utilize um banco com as seguintes características:a) um cubo construído com peças de 30 x 30 cm; b) uma peça tipo régua de 53 cm de comprimento por 15 cm de largura; c) escreva na régua uma graduação ou cole sobre ela uma trena métrica entre 0 a 53 cm; d) coloque a régua no topo do cubo na região central fazendo com que a marca de 23 cm fique exatamente em linha com a face do cubo onde os alunos apoiarão os pés.


Material alternativo

1:a) Consiga um banco de 30 cm de largura; b) Vire o banco lateralmente (deite-o de lado); c) Fixe uma régua de pelo menos 40 cm ao banco de modo que a merca de 23 cm coincida coma linha vertical onde os alunos apoiarão os pés.
Material alternativo

2:a) Consiga uma caixa de papelão com 30 cm de altura; b) Vire a caixa com o fundo para cima (a parte aberta da caixa voltada para baixo); c) No fundo da caixa (parte superior) fixe uma régua de pelo menos 40 cm de modo que a marca dos 23 cm coincida com a linha vertical onde os alunos apoiarão os pés.


Orientação

Os alunos devem estar descalços. Sentam-se de frente para a base da caixa, com as pernas estendidas e unidas. Colocam uma das mãos sobre a outra e elevam os braços à vertical. Inclinam o corpo para frente e alcançam com as pontas dos dedos das mãos tão longe quanto possível sobre a régua graduada, sem flexionar os joelhos e sem utilizar movimentos de balanço (insistências). Cada aluno realizará duas tentativas. O avaliador permanece ao lado do aluno, mantendo-lhe os joelhos em extensão.

Anotação

O resultado é medido a partir da posição mais longínqua que o aluno pode alcançar na escala com as pontas dos dedos. Registra-se o melhor resultado entre as duas execuções com anotação em uma casa decimal.

PROESP BRASIL - FORÇA/RESISTÊNCIA (ABDOMINAL)

Material

Colchonetes de ginástica e cronômetro.


Orientação

O aluno posiciona-se em decúbito dorsal com os joelhos flexionados a 90 graus e com os braços cruzados sobre o tórax. O avaliador fixa os pés do estudante ao solo. Ao sinal o aluno inicia os movimentos de flexão do tronco até tocar com os cotovelos nas coxas, retornando a posição inicial (não é necessário tocar com a cabeça no colchonete a cada execução). O avaliador realiza a contagem em voz alta. O aluno deverá realizar o maior número de repetições completas em 1 minuto.

Anotação

O resultado é expresso pelo número de movimentos completos realizados em 1 minuto.

PROESP BRASIL - RESISTÊNCIA GERAL - 9 MINUTOS

Material

Local plano com marcação do perímetro da pista. Cronômetro e ficha de registro. Material numerado para fixar às costas dos alunos identificando-os claramente para que o avaliador possa realizar o controle do número de voltas. Trena métrica.

Orientação

Divide-se os alunos em grupos adequados às dimensões da pista. Observa-se a numeração dos alunos na organização dos grupos, facilitando assim o registro dos anotadores. Tratando-se de estudantes com cabelos longos, observa-se o comprimento dos cabelos para assegurar que o número às costas fique visível. Informa-se aos alunos sobre a execução correta do testes dando ênfase ao fato de que devem correr o maior tempo possível, evitando piques de velocidade intercalados por longas caminhadas. Informa-se que os alunos não deverão parar ao longo do trajeto e que trata-se de um teste de corrida, embora possam caminhar eventualmente quando sentirem-se cansados. Durante o teste, informa-se ao aluno a passagem do tempo aos 3, 6 e 8 minutos ("Atenção: falta 1 minuto!"). Ao final do teste soará um sinal (apito) sendo que os alunos deverão interromper a corrida, permanecendo no lugar onde estavam (no momento do apito) até ser anotado ou sinalizado a distância percorrida. Todos os dados serão anotados em fichas próprias devendo estar identificado cada aluno de forma inequívoca. Sugere-se que o avaliador calcule previamente o perímetro da pista e durante o teste anote apenas o número de voltas de cada aluno. Desta forma, após multiplicar o perímetro da pista pelo número de voltas de cada aluno deverá complementar com a adição da distância percorrida entre a última volta completada e o ponto de localização do aluno após a finalização do teste.
Anotação

Os resultados serão anotados em metros com aproximação às dezenas.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

A produção de Ácido Lático

Quando a oxidação do lactato iguala sua produção, o nível sangüíneo de lactato se mantém estável, apesar de um aumento na intensidade do exercício e no consumo de oxigênio. Para as pessoas sadias, porém destreinadas, o lactato sangüíneo começa a acumular-se e sobe de maneira exponencial para aproximadamente 55% de sua capacidade máxima para o metabolismo aeróbico.
A explicação habitual para um acúmulo do lactato sangüíneo durante o exercício pressupõe uma hipóxia (falta de oxigenação da musculatura) tecidual relativo. Quando o metabolismo glicolítico predomina, a produção de nicotinamida adenina dinucleotídio (NADH – coenzima envolvida na transferência de energia) ultrapassa a capacidade da célula de arremessar seus hidrogênios (elétrons) através da cadeia respiratória, pois existe uma quantidade insuficiente de oxigênio ao nível tecidual. O desequilíbrio na liberação de oxigênio e a subseqüente oxidação fazem com que o piruvato (substrato final da degradação da glicose; muito importante para a formação do lactato) possa aceitar o excesso de hidrogênios, o que resulta em acúmulo de lactato.
O lactato é formado continuamente durante o repouso e o exercício moderado. As adaptações dentro dos músculos induzidas pelo treinamento aeróbico permitem os altos ritmos de renovação do lactato; assim sendo, o lactato acumula-se para os níveis mais altos de exercício que no estado destreinado.
Outra explicação para o acúmulo de lactato durante o exercício poderia incluir a tendência para a enzima desidrogenase lática (LDH) nas fibras musculares de contração lenta favorecer a conversão de lactato para piruvato. Portanto, o recrutamento das fibras de contração rápida com o aumento da intensidade do exercício favorece a formação de lactato, independentemente da oxigenação tecidual.
A produção e o acúmulo de lactato são acelerados quando o exercício torna-se mais intenso e as células musculares não conseguem atender às demandas energéticas adicionais aerobicamente nem oxidar o lactato com o mesmo ritmo de sua produção.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Exercícios X Redução da Gordura Corporal

Os exercícios exercem uma função muito importante na redução da gordura, pois atuam diretamente no aumento do gasto calórico e na depleção das reservas energéticas provenientes dos alimentos, que tendem a se acumular sob forma de gordura.
Atividades aeróbias são mais adequadas para reduzir a quantidade de gordura, devido ao fato de poderem ser realizadas continuamente, apresentando maiores possibilidades de gasto calórico e utilização dos lipídios, como fonte energética para ressíntese de ATP.

Já na década de trinta, Christensen & Hansen (1939) examinaram a contribuição da gordura e dos carboidratos na produção de energia, utilizando o quociente respiratório, em indivíduos que realizavam atividades aeróbias. Os autores verificaram que 50 a 60% da energia era fornecida pela gordura em exercícios prolongados. Quando as atividades prolongavam-se até três horas, identificou-se uma maior participação da gordura, representando até 70% do fornecimento de energia.
Em exercícios intensos, por outro lado, nos quais verificava-se uma maior participação dos processos anaeróbios, a participação dos carboidratos era mais expressiva.

Um trabalho efetivo para a redução da gordura corporal deve apoiar-se numa adequada relação entre duração e intensidade do esforço. Neste sentido, o grau de condicionamento físico afeta a utilização dos substratos energéticos durante a atividade. Praticantes bem-condicionados são capazes de sustentar intensidades de esforço mais elevadas em condições predominantemente aeróbias, o que favorece uma maior utilização do lipídio como fonte energética. Por outro lado, para a mesma intensidade relativa de esforço, indivíduos destreinados apresentam uma predominância do metabolismo anaeróbio, o que aumenta a participação dos carboidratos como substrato energético.

A freqüência semanal é outro importante fator a ser considerado em programas de perda ponderal. Quando realizamos uma atividade física, nossas reservas de carboidratos diminuem.
Dependendo das características do exercício, a recomposição completa dessas reservas pode extrapolar setenta e duas horas (ASTRAND & RODAHL, 1986; WILMORE & COSTILL, 1994; KATCH & MC ARDLE, 1996).
A partir daí, pode-se concluir que uma freqüência de treinamento inferior a três vezes por semana, em geral não é significativa para redução da gordura corporal. De forma simplificada, pode-se dizer que isso ocorre devido ao fato de as reservas de carboidratos já estarem recompostas, não permitindo, dessa forma, uma elevada utilização da gordura. Além disso, a freqüência semanal exerce um impacto sobre o gasto calórico total da atividade. Logo, quanto maior o número de sessões semanais, maior será o gasto calórico obtido com a atividade.

A característica da dieta é outro importante fator que influência nos programas de perda ponderal. Dietas ricas em carboidratos favorecem uma recuperação mais rápida desse substrato entre as sessões de exercícios, dificultando um maior aproveitamento dos lipídios como energia para o trabalho muscular. Além disso, deve ser considerado o valor calórico que uma dieta com esta característica pode representar.
A dieta adequada para uma pessoa que deseja reduzir a gordura deve ser hipocalórica porém balanceada, como já visto. Como regra geral, pode-se assumir que a dieta, quando associada ao exercício, não necessita provocar um elevado déficit calórico, para produzir efeitos na redução da gordura.
Um programa de exercícios direcionado à redução ponderal deve encontrar seus alicerces no somatório das seguintes características: tipo de atividade, duração e intensidade do esforço, freqüência semanal e característica da dieta utilizada. Outros fatores poderiam ainda ser levantados. Contudo, para indivíduos aparentemente saudáveis, os itens aqui citados sejam suficientes para organizar o treinamento.

MONTEIRO, Walace D. Personal training – Manual para avaliação e prescrição de condicionamento físico. Rio de Janeiro: 4a edição Sprint, 2004.