- (1) débito de oxigênio;
- (2) depleção das reservas de glicogênio dos músculos.
O débito de oxigênio - em condições normais, o organismo dispõe de cerca de 2 litros (l) de oxigênio armazenado, que podem ser utilizados para o metabolismo aeróbico, até mesmo sem se respirar qualquer novo oxigênio. Esse oxigênio armazenado consiste em: (1) 0,5 l no ar dos pulmões; (2) 0,25 l dissolvidos nos líquidos corporais; (3) 1l combinado com a hemoglobina do sangue circulante; e (4) 0,31 armazenados nas próprias fibras musculares em combinação com a mioglobina, uma molécula que liga o oxigênio de modo semelhante à hemoglobina.
No exercício intenso, quase todo esse oxigênio armazenado é utilizado dentro de cerca de 1 minuto para o metabolismo aeróbico. A seguir, após o término do exercício, é necessário repor esse oxigênio armazenado, ao se respirar quantidades extras de oxigênio, acima das necessidades normais. Além disso, cerca de 9 l de oxigênio devem ser consumidos para o reabastecimento dos sistemas fosfagênico e do sistema do ácido láctico. Todo esse oxigênio extra que deve ser "reposto" ou seja, cerca de 11,5 l, é conhecido como débito de oxigênio.
A figura abaixo ilustra esse princípio do débito de oxigênio. Nos primeiros 4 minutos, conforme indicado na figura, a pessoa encontra-se em atividade muito intensa, de modo que a velocidade de captação do oxigênio aumenta por cerca de 5 vezes. A seguir, mesmo após o término do exercício, a captação do oxigênio ainda permanece acima do normal, sendo, a princípio, muito elevada enquanto o organismo está reconstituindo o sistema fosfagênio e repondo parte do débito de oxigênio; a seguir, permanece em nível pouco mais baixo durante outra hora, enquanto o ácido láctico é removido. A parte inicial do débito de oxigênio é denominada débito aláctico de oxigênio, e atinge cerca de 3,5 l. A parte tardia é conhecida como débito láctico de oxigênio e atinge cerca de 8 l.
Recuperação do glicogênio muscular - a recuperação após depleção exaustiva do oxigênio muscular não é um problema simples. Com frequência, necessita de vários dias, e não apenas dos segundos, minutos, horas necessários para o reabastecimentp dos sistemas metabólicos
fosfagênio e do ácido láctico. A figura abaixo ilustra esse processo de recuperação em três condições diferentes: primeira, em pessoas com dieta rica em carboidratos; segunda, nas pessoas com dieta rica em gorduras e proteínas; e terceira, nas pessoas sem qualquer alimento. Podemos observar que, com dieta rica em carboidratos, ocorre recuperação total em aproximadamente 2 dias. Por outro lado, as pessoas com dieta rica gorduras ou proteínas ou sem qualquer alimento apresentam pouquíssima recuperação, levando até mesmo 5 dias.
fosfagênio e do ácido láctico. A figura abaixo ilustra esse processo de recuperação em três condições diferentes: primeira, em pessoas com dieta rica em carboidratos; segunda, nas pessoas com dieta rica em gorduras e proteínas; e terceira, nas pessoas sem qualquer alimento. Podemos observar que, com dieta rica em carboidratos, ocorre recuperação total em aproximadamente 2 dias. Por outro lado, as pessoas com dieta rica gorduras ou proteínas ou sem qualquer alimento apresentam pouquíssima recuperação, levando até mesmo 5 dias.
As mensagens desse estudo são:
- (1) é importante que o atleta tenha uma dieta rica em carboidratos antes de qualquer evento atlético;
- (2) não participar de exercícios intensos nas 48 horas que precedem uma competição.
GUYTON, A. C. Tratado de fisiologia médica. 9 ed. Guanabara Koogan.
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