terça-feira, 24 de junho de 2014

Pedagogia dos Esportes Coletivos - Reflexão



O esporte é um fenômeno que faz parte da cultura mundial, e quando seu ensino é bem conduzido, respeitando a individualidade e interesses, proporciona aos envolvidos benefícios físicos, psicológicos e sociais.
As modalidades esportivas coletivas são definidas por Garganta (1999), como um confronto entre duas equipes, que se dispõem pelo terreno de jogo e se movimentam com o objetivo de vencer, alternando-se em situações de ataque e defesa. Bayer (1986) elenca elementos comuns a todas as modalidades esportivas coletivas: bola, terreno de jogo, uma meta a atacar ou defender; companheiros de equipe, adversários, e regras.
Apesar de reflexões como a do parágrafo anterior e das diversas mudanças curriculares da Educação Física ocorridas nos últimos, fatos que deveriam refletir diretamente num melhor encaminhamento do processo de ensino-aprendizagem da iniciação esportiva, com novas metodologias e ações pedagógicas diferenciadas, o que temos observado é a replicação dos métodos ultrapassados, contemplando o ensino dos esportes numa abordagem tradicional de passe-passe-chute, ou seja, apenas tecnicista.
As principais desvantagens deste modelo pedagógico são: o fato de a abordagem do jogo ser retardada até que as habilidades atinjam rendimento desejado; a inibição dos processos de tomada de decisão; a desmotivação pela mera reprodução dos movimentos.
Em contrapartida, as novas tendências na iniciação esportiva visam a articulação do ensino da técnica e tática, baseando-se nas estruturas funcionais e na compreensão do jogo (TGFU). Como vantagens dessa abordagem pode-se citar o melhor desenvolvimento da inteligência tática, a cooperação, a autonomia, componentes estes que garantem aos alunos, condições de participar ativamente das modalidades, já que serão conhecedores dos princípios operacionais do Esporte Coletivo.
Segundo o entendimento de Rink  et  al.  (1996), para a melhor compreensão,  o modelo TGFU prioriza a tomada de decisão, “o que fazer” ao “como  fazer”. No entanto, o planejamento das tarefas deve estimular constantemente o aluno à reflexão em relação à decisão tomada frente aos problemas de jogo, bem como, a execução das habilidades.
O jogo é fundamental para a aprendizagem esportiva. Segundo Scaglia (2003), para se ensinar uma modalidade esportiva, deve-se ensinar mais que a modalidade, mas também, esta modalidade. É o que este autor define como “famílias de jogos”.

Acredito que a família de jogos proposta para o ensino dos esportes, é uma das melhores estratégias por primar as relações de complexidade entre jogos, capaz de trazer influências positivas para a aprendizagem. Neste contexto, o professor é o agente responsável por criar um ambiente em que os alunos possam jogar e experimentar o jogo inteiramente.
Por Ronan OG

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Origem do Esporte/Modalidades Esportivas Coletivas - Reflexão



É bem sabido da popularidade do esporte contemporâneo e do espaço que ocupa no cenário mundial. Esta representatividade é o que atrai milhões de crianças e adolescentes a praticá-lo e consumi-lo cada vez mais. O esporte é um fenômeno cultural que possui suas origens nos jogos das mais primitivas civilizações. Vários são os exemplos de modalidades do esporte moderno e/ou contemporâneo que possuem características semelhantes a jogos praticados por povos antigos, como é o caso do pok ta pok praticado no século VII a.C pelos Incas que possui grande relação basquetebol, além do  Kemari, praticado no Japão do século X a.C, que supostamente prefigura o atual futebol.

No decorrer do tempo este fenômeno passou por diversas ressignificações, sendo apenas de caráter lúdico inicialmente, passando por um produto da sociedade na revolução industrial, tido como espelho de sociedades modelo, regimes econômicos e políticas de governo, utilizado como ferramenta de alienação populacional, e, por fim sendo espetacularizado no objetivo de rentabilidade nas mais diferentes instâncias.

Contudo, independente da época em que foi ou é praticado, e por mais diferente que cada modalidade possa parecer, uma série de características são comuns, senão a todas, mas à grande maioria das modalidades esportivas coletivas: a bola, que por si só é fascinante e incita ação motora e o interesse por seu domínio; o terreno de jogo, campo de batalha onde cada jogador tem de “lutar” para defender seu espaço e atacar o adversário; o alvo por onde a bola deve passar, o ápice de toda ação de jogo, que é bravamente buscado por quem tem a posse da bola; as regras que determinam o que se pode ou não dentro do jogo; os companheiros e os adversários.

Além das constantes supracitadas, outras características, tidas por Bayer (1994) como “princípios operacionais” são comuns na prática das modalidades esportivas coletivas. Sem a posse de bola, toda ação do sistema defensivo é no intuito de proteger seu campo e alvo, recuperar a bola e impedir a progressão dos adversários. A partir da recuperação da bola, o sistema ofensivo deve manter sua posse, progredir em direção ao alvo adversário, e atacá-lo.

Os aspectos motores e gestuais de cada modalidade são específicos. Julgo, porém, que o entendimento dos princípios operacionais é fundamental para a prática e que precisa compor a base de ensino da iniciação esportiva, pois facilitará o aprendizado da lógica de qualquer modalidade coletiva e possibilitará ao indivíduo a antecipação frente aos desafios em jogo.

Vejo que a maior dificuldade no processo é o profissional de Educação física implementar uma metodologia voltada ao desenvolvimento integral do aluno. Ao contrário, o que vemos habitualmente são Profissionais replicando métodos tradicionais (passe-passe-chute), baseados na experiência prática de seus próprios aprendizados, sem questionar a eficiência destes.

Muito mais que puramente replicar um gesto motor correto, a prática esportiva (dentro do contexto do esporte) principalmente na base, deve visar a formação de indivíduos capazes de tomar decisões rápidas e criativas, realizando o improvável, o inesperado, e desenvolver a inteligência e cooperação tática em equipe.


O “saber jogar” é crucial na fidelização à prática esportiva. Cabe a nós, profissionais de educação física, sabermos ensinar.

por Ronan OG

terça-feira, 31 de julho de 2012

Fumo x Obesidade

Embora muita gente já saiba que não praticar atividades físicas regularmente pode ser ruim para a saúde, nem todos têm ideia do tamanho do prejuízo. De acordo com estudo recente, as consequências podem ser piores do que aquelas causadas pelo cigarro.

“Inatividade física tem um grande impacto na saúde mundial”, diz o epidemiologista I-Min Lee, autor da pesquisa, publicada no periódico médico The Lancet. Segundo dados coletados, em 2008 ocorreram cerca de 5,3 milhões de mortes no mundo todo devido a complicações causadas pelo sedentarismo. Para se ter uma ideia, dados da ONU estimam que o cigarro cause um número similar de mortes (5 milhões).

Em seu estudo, Lee estima que a falta de atividades físicas é responsável por cerca de 6% dos casos de doenças cardíacas, 7% de diabetes tipo-2 e 10% de câncer de cólon e de mama.

De acordo com Timothy Armstrong, coordenador do programa de vigilância e prevenção de doenças populacionais da ONU, porém, o número de mortes é menor: 3,2 milhões, segundo dados da Organização. Apesar dessa diferença, ele também alerta que o problema não pode ser subestimado. “A ONU considera o sedentarismo como o quarto maior fator de risco [para doenças crônicas], depois de pressão sanguínea alta, uso de tabaco e colesterol elevado”.

Fonte: http://www.webmd.com/fitness-exercise/news/20120717/physical-inactivity-may-be-deadly-as-smoking

Refrigerante x Emagrecimento


Pesquisa realizada pela Universidade de Bangor (EUA) descobriu que os refrigerantes não só engordam as pessoas, mas também fazem com que seja mais difícil emagrecer.

11 pessoas, homens e mulheres, com cerca de vinte anos, participaram da pesquisa, que durou um mês e envolveu análise de sangue, tecido muscular e metabolismo corporal.

O que eles concluíram é que beber refrigerantes açucarados (assim como outras bebidas com alta concentração de açúcar) por apenas um mês muda o corpo permanentemente, tornando a perda de peso mais difícil.

Isso acontece porque a ingestão regular dessas bebidas altera a maneira como o corpo consome os substratos energéticos. Os músculos passam a “preferir” o açúcar como combustível, e o emagrecimento torna-se mais difícil. Este efeito, a longo prazo, pode elevar os níveis de glicose no sangue, causando o diabetes.
“Essa ‘preferência’ pelo açúcar reduz a capacidade de queimar gordura, além de tornar mais difícil para o nosso organismo lidar com o aumento do açúcar no sangue”, explica o cientista Hans-Peter Kubis.

“O que está claro é que o nosso corpo se ajusta ao consumo de bebidas açucaradas regularmente e se prepara para essa dieta alterando o metabolismo muscular através de atividade genética, incentivando adaptações insalubres nos genes, semelhantes às observadas em pessoas com problemas de obesidade e diabetes tipo 2”, comenta.

O açúcar, por si só, não aumenta nosso peso, mas sim a maneira como ele faz o nosso corpo armazenar mais açúcar. Sendo assim, qualquer bebida com alto nível de açúcar pode ser muito prejudicial à saúde.

Fonte: 
http://hypescience.com/refrigerantes-engordam-por-uma-razao-diferente-da-esperada/

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Exercícios Físicos x Inverno


Estamos no inverno e não é por conta do frio que devemos interromper o treinamento físico, certo?


Porém, os cuidados com o clima frio não podem ser esquecidos e modificações no treinamento são necessárias para que sejam reduzidos os riscos do acometimento por gripes, resfriados e até mesmo lesões.


Muitas pessoas evitam totalmente o frio exercitando-se em ambientes fechados durante o inverno. Aquelas que decidem continuar com o exercício ao ar livre não costumam correr um grande risco, pois o exercício faz com que o corpo gere calor.

O principal cuidado é com a exposição prolongada ao frio excessivo. A hipotermia é o grande risco, pois as baixas temperaturas favorecem a perda de calor corporal e o vento pode agrava essa perda.

A produção de calor corporal durante um exercício físico de moderado a extenuante é suficientemente alta para prevenir a hipotermia.


Durante a realização dos exercícios em dia muito frios, devemos levar em consideração alguns aspectos:

1-Aquecimento leve seguido por alongamento (5 à 10 min);

2-Desenvolvimento do ritmo um pouco mais leve que nos dias quentes, pois o organismo terá um processo mais gradativo de preparação para o ritmo ideal;

3-Hidratação adequada, pois, em dias quentes fica fácil de perceber a necessidade de ingerir líquidos durante a corrida, contudo, durante o frio, a temperatura baixa e o vento podem enganar o corredor;

4-Cuidar com o pós-treino, pois sua temperatura abaixará drasticamente e não seria ideal estar vestindo ainda a sua roupa úmida do treino.

Lembrando destes detalhes você poderá continuar seu treinamento de forma saudável e de dentro dos limites de seu corpo.


O importante é não parar.


Xô preguiça!!!

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Dica do dia...


Pratique exercícios com as Crianças!!!


Fortalece os laços de família, Emagrece e desenvolve o hábitos saudáveis, em pais e filhos.
Vale a pena sair da frente da tv e planejar um passeio bem divertido e movimentado.

Xô Sedentarismo!!!

quinta-feira, 2 de junho de 2011

A produção do Lactato


Quando a oxidação do lactato iguala sua produção, o nível sanguíneo de lactato se mantém estável, apesar de um aumento na intensidade do exercício e no consumo de oxigênio.

Em indivíduos sadios, porém destreinadas, o lactato sanguíneo acumula-se e sobe de maneira exponencial para aproximadamente 55% de sua capacidade máxima para o metabolismo aeróbico.

O acúmulo de Lactato é pressosto por uma situação de hipóxia (falta de oxigenação da musculatura) tecidual relativo. Em situações onde o metabolismo glicolítico predomina, a produção de nicotinamida adenina dinucleotídio (NADH – coenzima envolvida na transferência de energia) ultrapassa a capacidade da célula de arremessar seus hidrogênios (elétrons) através da cadeia respiratória, pois existe uma quantidade insuficiente de oxigênio ao nível tecidual.

O desequilíbrio na liberação de oxigênio e a subseqüente oxidação fazem com que o piruvato (substrato final da degradação da glicose; muito importante para a formação do lactato) possa aceitar o excesso de hidrogênios, resultando no acúmulo de lactato.

Em situações de repouso e exercício moderado também há produção de lactato. As adaptações musculares induzidas pelo treinamento aeróbico promove altos ritmos de renovação do lactato; deste modo, o lactato acumula-se para os níveis mais altos de exercício que no estado destreinado.

Outra explicação para o acúmulo de lactato durante o exercício inclui a tendência para a enzima desidrogenase lática (LDH) nas fibras musculares de contração lenta favorecer a conversão de lactato para piruvato. Portanto, o recrutamento das fibras de contração rápida com o aumento da intensidade do exercício favorece a formação de lactato, independentemente da oxigenação tecidual.

A produção e o acúmulo de lactato são acelerados quando o exercício torna-se mais intenso e as células musculares não conseguem atender às demandas energéticas adicionais aerobicamente nem oxidar o lactato com o mesmo ritmo de sua produção.